combinação entre Internet das Coisas (IoT) e tecnologia 5G está transformando a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o espaço urbano.
Juntas, essas tecnologias formam a base das cidades inteligentes, que usam sensores e redes em tempo real para tomar decisões mais rápidas, econômicas e sustentáveis.
No Brasil, essa revolução já está em andamento — e tem potencial para alterar profundamente o dia a dia dos cidadãos.
O que é IoT e por que ela depende do 5G?
A Internet das Coisas é a rede de objetos físicos — como semáforos, veículos, lâmpadas, câmeras, relógios ou geladeiras — conectados à internet e capazes de trocar dados entre si. Para que essa troca ocorra com eficiência, é preciso uma conexão de alta velocidade, baixa latência e grande capacidade de dispositivos simultâneos. É aí que entra o 5G.
Enquanto o 4G suporta cerca de 10 mil dispositivos por quilômetro quadrado, o 5G suporta até 1 milhão — ideal para a infraestrutura das cidades inteligentes. Com ele, sensores de lixo, iluminação pública, semáforos inteligentes e sistemas de transporte podem operar de forma integrada e quase instantânea.
A transformação das cidades brasileiras
Diversas cidades no Brasil já começaram a implementar soluções baseadas em IoT + 5G:
- Curitiba lançou o “Ilumina CWB”, um projeto de postes inteligentes com sensores de clima, ruído e movimentação.
- São Paulo instalou centenas de câmeras inteligentes com reconhecimento facial e leitura automática de placas para combater o crime.
- Campinas e Florianópolis têm projetos-piloto com semáforos conectados à internet, que se ajustam em tempo real de acordo com o fluxo de trânsito.
- Em Salvador, lixeiras inteligentes indicam o nível de preenchimento e otimizam a coleta de resíduos.
Curiosidades sobre segurança digital e infraestrutura
Com o crescimento da conectividade urbana, também aumentam os desafios de cibersegurança. Segundo relatório da Trend Micro, cidades inteligentes são alvos cada vez mais visados por ataques a infraestruturas críticas, como redes de energia e transportes. No Brasil, o setor público vem se preparando:
- Em 2024, foi lançada a Estratégia Nacional de Cibersegurança Urbana, prevendo a criação de centros regionais de resposta a incidentes.
- A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) também estabeleceu diretrizes específicas para o uso de dados pessoais em redes públicas de IoT.
Além disso, empresas brasileiras como Vecto Mobile e Padtec estão desenvolvendo soluções de conectividade seguras e compatíveis com a realidade das cidades brasileiras, onde a infraestrutura ainda é um desafio em muitos municípios.
Oportunidades para o futuro
Essa integração entre 5G e IoT está gerando novas oportunidades no Brasil:
- Crescimento de startups de mobilidade urbana, como plataformas de monitoramento de ônibus em tempo real;
- Desenvolvimento de carros conectados com tecnologia nacional;
- Projetos de telemedicina com equipamentos de IoT para monitoramento remoto de pacientes em áreas remotas.
Segundo a IDC Brasil, o mercado de IoT no país deve movimentar mais de R$ 100 bilhões até 2026, impulsionado principalmente pelo avanço do 5G.
Conclusão
A convergência entre IoT e 5G está criando um ecossistema urbano mais inteligente, responsivo e eficiente. No Brasil, embora os desafios sejam muitos — da infraestrutura à cibersegurança — os avanços são palpáveis. Para quem acompanha inovação e tecnologia, acompanhar essa transformação é essencial, pois ela redefine não só a forma como vivemos nas cidades, mas também como construímos o futuro.